Sérvulo estabelece parceria nos Açores
SÉRVULO NA IMPRENSA 27 Jul 2018 in Jornal de Negócios
A Sérvulo & Associados deixou de parte a opção de abrir um escritório nos Açores e formalizou este mês uma parceria com Rodrigo de Oliveira, para se aproximar dos clientes desta região autónoma. Sem esquecer as origens - uma vez que o seu fundador, Sérvulo Correia, nasceu em Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira, a sociedade assegura que a "excelência", a "integridade" e a "vontade de futuro" são os valores que unem os dois escritórios.
Mark Kirkby, sócio da SÉRVULO responsável pelas parcerias regionais nos Açores e na Madeira, disse ao Jornal Económico que parcerias como estas permitem manter a identidade e a autonomia dos escritórios locais, cuja mais-valia são os laços de confiança com os stakeholders regionais. "A SÉRVULO já experimentou em tempos outra abordagem ao mercado de serviços jurídicos açoriano, que não atingiu os seus objetivos, que passava pela abertura de um escritório próprio na região. Parece-nos hoje que a aposta em parcerias com escritórios regionais de elevada credibilidade é uma solução mais interessante", defende.
Ao lado deste escritório açoriano, a sociedade terá maior capacidade de dar uma resposta multidisciplinar a dossiês mais complexos ou exigentes, tal como já acontece na Madeira, segundo o mesmo porta-voz. Já o advogado Rodrigo de Oliveira, a trabalhar na Ilha de São Miguel desde 2002, acredita que as prioridades da parceria são "manter um conhecimento aprofundado e atualizado do processo negocial nas matérias de interesse específico dos Açores" e "contribuir, na fase da sua implementação e execução, para um melhor aproveitamento das melhores oportunidades de financiamento europeu" por parte das empresas e stakeholders açorianos e externos.
O parceiro da SÉRVULO nos Açores realça que é uma boa notícia para os Açores, e para o setor agrícola regional em particular, o travão ao corte de 3,996 nos fundos do Programa de Opções Específicas para o Afastamento e a Insularidade nas Regiões Ultraperiféricas (POSEI), que engloba os Açores e a Madeira, anunciado pelo comissário europeu da Agricultura. Ainda assim, avisa que isso não invalida a hipótese de os cortes propostos por Bruxelas na Política Agrícola Comum e para a Política de Coesão terem impacto nos Açores: "Estamos a talar da possível redução do volume global de investimento e da intensidade das ajudas aos setores económicos por via dos fundos europeus, mas também do próprio nível do cofinanciamento, que poderá passar de 8596 para 7096, implicando um aumento da taxa de esforço do orçamento regional", afirma.
Rodrigo de Oliveira, que partilha com Frederico de Oliveira o escritório micaelense, lembra que os Açores têm assistido a um crescimento da população empregada e que o seu PIB ultrapassou, pela primeira vez, a barreira dos quatro mil milhões de euros. O advogado salienta ainda o aumento da produção de leite e de queijo nas ilhas, bem como o do volume de negócios das indústrias de lacticínios, cruciais para "uma conjuntura extremamente favorável, um ambiente económico favorável e de otimismo". A seu ver, foi este contexto que constituiu um dos pilares da parceria e do aproveitamento de oportunidades na advocacia nos Açores.
Apesar de a sociedade liderada por Paulo Câmara não ter atualmente uma percentagem muito elevada dos seus negócios nesta região, recusa uma abordagem massificada do mercado e pretende disponibilizar know-howe instrumentos de trabalho ao escritório de Rodrigo de Oliveira, que será uma "espécie de pivô na região", de acordo com as palavras do sócio. Para Mark, Rodrigo traz benesses por ser oriundo de uma família de advogados de "enorme reputação e credibilidade" em São Miguel, ter desempenhado funções no Governo e na Administração regionais e ser docente na Universidade dos Açores.
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