Paulo Câmara, Managing Partner da Sérvulo & Associados, em entrevista à Advocatus
SÉRVULO NA IMPRENSA 14 Set 2020 in Advocatus
A edição do mês de setembro da revista Advocatus apresenta, como tema de capa, a entrevista a Paulo Câmara, Managing Partner da Sérvulo & Associados.
No decorrer da entrevista, o advogado especialista em Financeiro & Governance faz um balanço positivo do seu papel como Managing Partner há mais de cinco anos, salientando que a Sérvulo mantém os traços identitários essenciais que persistem desde a sua fundação e, se algumas tendências se afirmaram, essas linhas de evolução prendem-se, por um lado, com uma mais acentuada vocação internacional e com o alcance global na prestação dos seus serviços jurídicos atingido, nomeadamente, através da coordenação da SÉRVULO LATITUDE⦵, a rede internacional de sociedades de advogados independentes associadas à Sérvulo. Paulo Câmara sublinha, ainda, o reforço da especialização através o desenvolvimento de novas áreas e serviços – tais como TMT, Desporto, Privacidade e Dados Pessoais, Saúde, Recursos Naturais, FinTech e ESG e afirma que a Sérvulo define-se por dois elementos fundamentais ligados ao seu propósito societário: de um lado, o foco no conhecimento jurídico; de outro lado, a cultura humanista no modo como trabalha e como lida com as pessoas.
Sobre a pandemia da Covid-19, Paulo Câmara contextualiza os desafios atuais, em primeiro lugar, reforçando a importância das ferramentas telemáticas para manter as relações de proximidade apesar da distância física e em segundo lugar, referindo que é uma crise sistémica mas assimétrica onde existem setores económicos praticamente não atingidos (ou até “beneficiados”) e outros absolutamente devastados com a pandemia. Para estes últimos, manifestou-se a necessidade de um apoio mais estruturante e transversal a várias áreas de prática – nomeadamente reestruturações, laboral, societário, financeiro e concorrência. Revelando-se, genericamente, além disso, uma natural necessidade de apoio nas alterações regulatórias que foram provocadas pela Covid-19. No que toca a termos tendenciais, nota-se um maior tempo de decisão e ponderação nas grandes operações, o que é compreensível e natural.
A respeito da situação do mercado de capitais, em contexto de pandemia, o Managing Partner, reforça a sua necessidade dado que neste momento as empresas precisam de se financiar e de se tornarem mais resilientes para enfrentar os riscos da crise, recordando que o mercado de capitais reúne três vantagens importantes para o financiamento das empresas: representa um mercado alternativo aos meios de financiamento tradicionais, acrescenta transparência às empresas cotadas e obriga a uma disciplina de governação superior. São tudo atributos consensuais e que recomendam o recurso ao mercado de capitais, mesmo em período de pandemia. Além disso, do lado dos investidores, os valores mobiliários oferecem uma oportunidade de diversificação de aplicações, com níveis de risco calibrado ao perfil de cada um. Durante este tempo de pandemia, as operações no mercado de capitais nacional mantiveram-se a um ritmo regular, seja no plano das ofertas de distribuição, seja no plano das OPAs. É um sinal de que o mercado está a cumprir a sua função.
No que concerne ao espaço para consolidação da banca nacional, Paulo Câmara, acredita que as alterações a que iremos assistir nos próximos anos irão confirmar uma vez mais a importância de um sistema bancário moderno e resiliente defendendo que a concentração da banca não é necessária e que ainda há espaço para os grandes e pequenos.
Encontre a entrevista na íntegra em Advocatus, aqui.